O filme enfatiza bastante o contexto conflituoso religioso da época, graças à mistura cultural que havia em Alexandria, como a greco-romana, mas também a presença de judeus e cristãos na região.
Outro foco que o filme mostra é a relação das mulheres da época, que não tinham nenhum ou quase nenhum direito perante a sociedade. Hipátia é quase uma anomalia do contexto histórico do filme, pois ela não só mantinha uma posição de poder perante os homens em suas aulas, mas também dedicava-se aos conhecimentos científicos, coisa que não era permitido às mulheres.
Durante esse período de dominação da Igreja, mulheres que não condiziam com o socialmente aceito, eram consideradas bruxas, e, acusadas de heresia, eram apedrejadas, queimadas, torturadas e enforcadas, como mostra o filme.
Atualmente, não é mais comum ver-se mulheres apedrejadas ou queimadas em fogueiras por motivos simplórios, o que mostra uma certa evolução. No entanto, apesar de muitos direitos conquistados, as mulheres ainda não têm total voz na sociedade. Claro que, foi conquistado o direito a voto, direito de estudar e trabalhar além de outros, mas ainda falta muito para dizer que há uma sociedade igualitária entre os gêneros.
Na época de Hipátia, as mulheres tinham muito menos direito que hoje, eram condenadas, muitas vezes, pelo simples fato de serem mulheres, e não tinham voz na política, nas ciências e em outros campos. Hipátia tentou mudar isso, dedicando-se a uma vida na filosofia e ciência, ao invés de tornar-se esposa e mãe, que era esperado dela pela sociedade.
Hoje em dia, muitas mulheres tem o ponto de vista da filosofa, o que mostra o quão avançada ela era. Muitas preferem dedicar-se a carreira a virarem esposas e mães e isso é bem mais aceito atualmente, apesar de ainda haver certo preconceito da sociedade com essas mulheres.
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